terça-feira, 13 de agosto de 2013

PLANTAS E FRUTAS DO MEU QUINTAL

Rústica, acerola é fácil de cultivar e pode dar frutos o ano inteiro. Plante no jardim ou em vaso.
A acerola é uma frutinha poderosa: tem cerca de 100 vezes mais vitamina C do que o limão e a laranja, 20 vezes mais que a goiaba e 10 vezes mais que o caju ou a amora. Três a quatro unidades da fruta suprem as necessidades diárias de vitamina C de um adulto. Também é fonte de ferro, cálcio e vitaminas do complexo B (Tiamina, Riboflavina e Niacina). Hoje é consumida tanto in natura como industrializada, sob a forma de sucos, sorvetes, geleias, xaropes, licores e doces em calda.

Natural da América Central e ilhas do Caribe, a acerola alcançou o Brasil, que hoje ocupa a posição de maior produtor, consumidor e exportador mundial da chamada "cereja das Antilhas". Mas apesar de parecer ideal ao cultivo em larga escala, ter uma aceroleira em casa não é complicado e oferece frutinhas frescas e de sabor intenso em grande quantidade.

Aprenda como cultivar acerola e saiba mais sobre essa frutinha


De acordo com o paisagista João Jadão, do escritório Planos e Plantas,a aceroleira (Malpighia glabra e Malpighia Punicifolia) é um arbusto (e não uma árvore) que chega a atingir 3 m de altura. Seu tronco se ramifica desde a base e sua copa é bastante densa. Os frutos podem ser doces, ácidos e superácidos, e variam da cor alaranjada ao vinho, permanecendo no pé por apenas dois dias após a maturação.

As inflorescências da aceroleira contém de três a cinco flores que medem entre 1 cm e 2 cm de diâmetro, com coloração que evolui do rosa esbranquiçado ao vermelho. As flores surgem sempre após um surto de crescimento vegetativo e podem se originar tanto nas axilas das folhas (intersecção da folha com o galho) dos ramos maduros, como nas dos recém-brotados.

De acordo com o engenheiro agrônomo Egídio Flori, pesquisador doutor em Fitotecnia do Embrapa Semiárido, a fecundação da planta é tanto por meio de autopolinização como de polinização cruzada. “Em alguns casos a polinização cruzada responde pelo maior tamanho do fruto.”, explica Flori.

Existem diversas espécies de acerola, mas as mais cultivadas no Brasil são: junco, Costa Rica, flor branca, sertaneja, cereja, apodi, frutacor, roxinha e rubra. Fácil de cultivar, frutifica o ano todo quando em clima tropical. Porém, em clima tropical de altitude e nas regiões temperadas, sua frutificação acontece apenas na primavera e verão.



A aceroleira pode ser cultivada em vasos e não precisa de estacas de suporte, porém deve ser colocada, de preferência, em ambientes ensolarados. A planta é comercializada em mudas produzidas pelos processos de estaquia ou sementes, mas a melhor forma de começar o cultivo é adquirir mudas produzidas a partir de estaquias selecionadas de plantas matrizes com qualidade comprovada.

A época ideal para o plantio nas regiões mais frias é na primavera e verão, mas no nordeste brasileiro pode ser plantada o ano todo, quando bem irrigada. De acordo com o engenheiro agrônomo Egídio Flori, a planta exige solos de textura média e argilosos (bom teor de argila) com boa fertilidade e muita matéria orgânica (estercos e outros resíduos orgânicos).

Além do esterco curtido ou composto orgânico, as plantas podem ser adubadas com uma mistura tipo 10 -10 -10 (Nitrogênio, Fósforo e Potássio) em quantidades que podem variar de 10 gramas para vasos de 20 litros até 500 gramas para plantas cultivadas no campo, com aplicação a cada dois ou três meses.


Como boa parte das frutíferas, a aceroleira exige boa quantidade de água, mas não tolera o excesso ou encharcamento do solo. “Se planta for cultivada em vasos, duas irrigações semanais são suficientes.”, explica Flori.

A poda é indicada para correta formação da planta. A retirada de alguns ramos ajuda a melhorar a ventilação interna, visto que é um arbusto muito denso, ou a acomodá-la aos espaços limitados, no caso do cultivo em vasos.



De acordo com paisagista João Jadão, as aceroleiras podem ser atacadas por pulgões, moscas das frutas, cochonilhas e cigarrinhas, além de nematoides, parasitas que afetam as raízes, enfraquecendo as plantas e atrapalhando na absorção da água e nutrientes do solo, o que reflete em prejuízos ao crescimento das plantas.

Em plantios comerciais, existem defensivos apropriados para o controle destas pragas, mas em culturas caseiras o melhor é usar produtos naturais como calda de sabão de coco ou extratos vegetais 
repelentes e inseticidas.

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