sábado, 7 de setembro de 2013

Orgulho de Ser Gaúcha


O mês de setembro tem uma grande importância 
para o Rio Grande do Sul. 20 de Setembro 
é a data máxima do Estado e do nosso povo. 
Neste dia, em todos os recantos, os gaúchos reverenciam 
a Revolução Farroupilha - marco da história 
e da formação política da sociedade rio-grandense - 
suas causas e ensinamentos.
Amargo
(Jayme Caetano Braun)

Velha infusão gauchesca
De topete levantado
O porongo requeimado
Que te serve de vazilha
Tem o feitio da coxilha
Por onde o guasca domina,
E esse gosto de resina
Que não é amargo nem doce
É o beijo que desgarrou-se
Dos lábios de alguma china!

Sangue verde do meu pago
Quando o teu gosto me invade
Eu sinto necessidade
De ver céu e campo aberto
É algum mistério por certo
Que arrebentando maneias
Te faz corcovear nas veias
Como se o sangue encarnado
Verde tivesse voltado
Do curador das peleias!

Gaudéria essência charrua
Do Rio Grande primitivo
Chupo mais um, pra o estrivo
E campo a fora me largo,
Levando o teu gosto amargo
Gravado em todo o meu ser,
E um dia quando morrer,
Deus me conceda esta graça
De expirar entre a fumaça
Do meu chimarrão querido
Porque então irei ungido
Com água benta da raça!!!
No No mês de setembro esta terra comemora 
“as nossas façanhas”. 
É tempo de relembrar a formação da 
identidade gaúcha. 
O Rio Grande no passado era uma espécie 
de “terra de ninguém”, a oeste da linha imaginária 
de Tordesilhas. 
No papel pertencia a Espanha, mas na 
prática era um lugar selvagem habitado 
por vários povos indígenas e cruzado 

por aventureiros de toda espécie.


Os Jesuítas chegaram aqui com sua “Cruz de Lorena” e construíram com os índios a sua “República Teocrática Missioneira”. Os habitantes da região das Missões acostumaram-se as sucessivas guerras. Enfrentaram os cruéis e ambiciosos Bandeirantes que arrasavam muitos povoados, levando cativos os índios e espalhando o gado missioneiro pelos campos. Mais tarde os Jesuítas e os índios se organizaram com armas de fogo, canhões, arcos, flechas e lanças, expulsando os Bandeirantes do pampa na Batalha do M’bororé. (1641). O gado se reproduzia solto (“chimarrão”)tranquilamente pelos campos e tornou-se um atrativo para a ocupação do território . As novas reduções erguidas (“7 Povos”, originalmente espanhóis) prosperaram e acabaram sendo alvo de trocas entre Espanha e Portugal (que cederia o “Sacramento” português, no atual Uruguai), esta troca não foi aceito pelos nativos que de lança em punho sob as ordens do índio Sepé Tiaraju gritaram ao mundo: “ESTA TERRA TEM DONO”, mas morreram na batalha de Caiboaté (1756) com seu sonho missioneiro. O sangue derramado pelos índios nas muitas guerras misturou-se ao dos “gaudérios” luso-brasileiros e castelhanos que aqui aportaram, passando assim a correr nas veias de uma gente diferente, em muitos aspectos, do restante da colônia. Com as fronteiras sulinas definidas no Rio Grande Português, intensificou-se o cercamento dos campos e o aprisionamento do gado nas Estâncias, fundando as bases da economia pastoril e do charque gaúcho, que se tornou o principal alimento dos escravos.
Depois vieram as campanhas da conquista (1820) e perda da Cisplatina (Uruguai) em 1828 e os caudilhos gaúchos amargando assim muitos prejuízos.

Veio a abdicação de D. Pedro I (1831) e as Regências (1831-1840), a sobrecarga de impostos sobre o sal, o charque gaúcho e seus derivados, trazendo endividamento para a aristocracia local, detonando então uma grande revolta. Partindo de Pedra Branca (atual cidade de Guaíba) Onofre Pires e Gomes Jardim tomaram Porto Alegre, seguindo ordem de Bento Gonçalves, iniciando assim a mais longo revolta provincial da História do Brasil: a REVOLUÇÃO FARROUPILHA, em 20 de setembro de 1835. Inicialmente foi uma revolta monarquista, depois se tornaram separatista e republicana, dando a luz a efêmera “REPÚBLICA RIOGRANDENSE”. Muitos heróis nela participaram: Bento Gonçalves, Neto, Gomes Jardim Canabarro, Teixeira Nunes, Garibaldi, Corte Real, Anita... Esta luta durou 10 anos e terminou em 25/02/1845 com assinatura da “Paz Honrosa” de Poncho Verde.
E hoje nós cristãos, sem esquecer-se desta história repleta de sangue, valentia, coragem, heroísmo, mas também com traições e covardia, podemos com certeza refletir e empunhar a Bandeira da luta pela Paz e afirmar que o sangue mais precioso que foi vertido por nós não foi de nenhum destes heróis, mas foi o do nosso GENERAL JESUS CRISTO, QUE AO CONTRÁRIO DELES ESTÁ VIVO e sempre esperando de nós a fidelidade e a fé em meio às lutas que se apresentam em nossas vidas. Sabendo que a vitória é certa e que devemos trazer sempre à mente aquilo que nos traz esperança (Lamentações3: 21). Deus abençoe o povo Gaúcho, em especial aos cristãos deste Estado e que nas batalhas do dia a dia possamos testemunhar de nossa fé e viver como imitadores de Cristo!

( Pesquisa e texto Profº Jairo Borba)


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